Atualmente, o Brasil conta com 28 adidos agrícolas designados junto às suas representações diplomáticas no exterior. Mais uma leva de 13 profissionais está sendo preparada no Instituto Rio Branco, para atuar nas embaixadas do Brasil em quatro países e na União Europeia
Nesta segunda-feira, 8, o Instituto Rio Branco, a academia diplomática brasileira, deu início a mais um curso de preparação de 13 profissionais para atuar como adidos agrícolas do Brasil em Angola, Colômbia, Egito, Marrocos e ante a União Europeia, em Bruxelas. Até o final do ano, o Brasil deverá ter adidos agrícolas em 28 países dos cinco continentes.
O curso de capacitação que vai até sexta-feira, 12, é organizado pelo ministério das Relações Exteriores em conjunto com o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e está sendo realizado no Instituto Rio Branco (IRBr). Em 2022, foram selecionados 13 profissionais sêniores, com conhecimento em temas agrícolas.
A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, do ministério da Agricultura, informou que o número de adidâncias aumentou, além do apoio das embaixadas, graças aos resultados concretos que os adidos trouxeram. Vários mercados foram abertos para os produtos do agro brasileiro, mesmo durante a pandemia.
Os adidos também trabalham no enfrentamento dos obstáculos às exportações brasileiras, na promoção comercial de investimentos dos produtos brasileiros e, também, na defesa da imagem do Brasil no exterior, principalmente em um momento de forte pressão internacional por conta da Amazônia.
Nos cinco dias de curso preparatório, os candidatos serão expostos à estrutura organizacional das representações diplomáticas brasileiras no exterior; discutirão temas relacionados com a cooperação internacional e a atração de investimentos; a imagem do agronegócio; linguagem diplomática; temas técnicos, sanitários e fitossanitários; táticas de negociação; assessoria de imprensa; dentre outros assuntos.
Desde 2009, mais de 60 servidores do ministério da Agricultura atuaram como adidos agrícolas. O diretor do Departamento de Energia e Agronegócio do Itamaraty, Embaixador Alexandre Peña Ghisleni também participou da abertura do curso. Atualmente, o Brasil conta com 28 adidos agrícolas, com previsão de ampliação, ainda em 2022, para 29 adidos em 27 postos.
Em linhas gerais, o adido atua na abertura, manutenção e ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro, contribuindo para geração de divisas e empregos no Brasil. Em coordenação com o embaixador e demais diplomatas do posto em que atua, tem o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Gov.br