A partir de janeiro, o Brasil integrará o grupo de países garantes do pretendido acordo de paz que o governo colombiano discute com representantes do Exército de Libertação Nacional (ELN), segunda principal narcoguerrilha do país.
Em novembro, o governo do presidente Gustavo Petro, ex-M19, iniciou em Caracas, o processo de diálogo com o ELN. Chile, México e Venezuela, já integram o grupo. O Brasil entrará em janeiro, logo após a posse de Lula. Alemanha, Suécia, Suíça e Espanha, também foram convidados.
Enquanto o processo avança lentamente, o Exército colombiano busca, no Brasil, o apoio e a cooperação para combater, na região fronteiriça, o que Bogotá classifica como uma “dissidência” do ELN. Seriam guerrilheiros vinculados ao crime organizado e ao garimpo ilegal.
Os militares colombianos esperam pela posse do futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do futuro comandante do Exército, general Júlio César Arruda, para discutir o assunto. Brasil e Colômbia dividem uma fronteira com mais de 1.600 Km, marcadamente sinuosa e selvática.
De acordo com os militares colombianos, o presidente do país, Gustavo Petro, está de acordo com o combate à essa dissidência. Os vínculos do presidente com as guerrilhas, apoiadas pelos partidos de esquerda colombianos, por outro lado, deixa os militares com a pulga atrás da orelha.
Ainda não se sabe ao certo, qual a disposição de Petro em combater “pretensos aliados”. Para os militares brasileiros, o combate ao crime organizado na região deve ser prioridade para os dois governos e suas respectivas Forças Armadas.