Exportações crescem com avanço do agronegócio e chegam a US$ 559 bi

por | dez 27, 2022 | 10h

O Brasil fechará o ano de 2022 com um recorde na corrente de comércio, que é a soma de exportações e importações, conforme balanço divulgado pelo governo. Entre janeiro e novembro de 2022, a corrente de comércio brasileira chegou a US$ 559,6 bilhões, uma alta de 22,4% se comparada ao mesmo período do ano passado. 

As exportações também cresceram. De janeiro a novembro de 2022, foram mais de US$ 308 bilhões gerados pelas exportações, de acordo com o Ministério da Economia. Em 2021, fechou o saldo de exportação com US$ 280 bilhões. Um dos principais motivos para esse crescimento é a alta nos preços das commodities no mercado internacional, já que o país se destaca na exportação de soja, café, carne bovina, minério de ferro, entre outros.

Dados referentes exclusivamente ao mês de dezembro revelam superávit comercial de US$ 2,286 bilhões, resultado de US$ 20,286 bilhões em vendas ao exterior e US$ 18 bilhões em compras internacionais. Isso resultou em corrente de comércio de US$ 38,285 bilhões na parcial do último mês do ano. Na comparação com igual período do ano passado, portanto, houve crescimento de 12,3% nas exportações e de 19,3% nas importações, ampliando em 15,5% a corrente de comércio (critério de média diária).

Desempenho

A Secretaria de Comércio Exterior também detectou crescimento das vendas de todos os segmentos em dezembro deste ano, considerando os resultados acumulados até a quarta semana. O aumento foi de 31,4% (média diária) nas exportações da agropecuária, que somaram US$ 3,69 bilhões no período.

Houve alta, ainda, de 17,4% nas vendas externas da indústria extrativa, que chegaram a US$ 5,21 bilhões; e de 5,2% nos embarques da indústria de transformação, que alcançaram US$ 11,27 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações, informou a Secex.

Na agropecuária, os destaques das exportações no mês foram, até a quarta semana, animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos; milho não moído, exceto milho doce; e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas. Na indústria extrativa, os resultados foram impulsionados, principalmente, por outros minerais em bruto; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado; além de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus. Na indústria de transformação, os destaques foram açúcares e melaços; tabaco, descaulificado ou desnervado; e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos). Já do lado das importações, também foram registrados aumentos em todos os setores. Houve crescimento de 6,6% em agropecuária, que somou US$ 373 milhões; elevação de 46,1% em indústria extrativa, que chegou a US$ 1,71 bilhão e, por fim; alta de 18,8% em indústria de transformação, que alcançou US$ 15,78 bilhões.