Ganhou destaque, nos últimos dias, a declaração do presidente Lula, afirmando em vídeo, que estava na presidência da República para f* o (Sérgio) Moro. Um dia depois, a Polícia Federal prende nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que tramavam o sequestro, tortura e morte do senador e de sua família.
Obviamente, a mídia tradicional, noticiou, mas ignorou a gravidade dos fatos. Dos dois. Um Chefe de Estado que se senta com militantes (que riem copiosamente) e afirma que sua missão é f* com alguém e vingar-se, não pode ser alguém sério e equilibrado.
Não é segredo algum que o crime organizado está enraizado na política. E, claro, não é de hoje. Mas, é espantoso que um presidente diga esse tipo de coisa e a sociedade em geral, faça vista grossa. É impressionante o que o dinheiro público consegue comprar.
O PCC não é uma organizaçãozinha qualquer, mas um grupo transnacional, com operações em vários países vizinhos, na Europa e na África. E uma organização que consegue operar de dentro do sistema prisional, por conta da corrupção endêmica associada à política e ao poder.
Sérgio Moro é um senador da República, gostem ou não, isso não importa. O que foi revelado deveria mover todas as instituições na defesa da democracia, com cartas da Escola de Direito, das sumidades do Judiciário e, claro, da imprensa, pilar fundamental para o Estado de Direito.
No entanto, como se trata do algoz de Lula, f*-se.
O Brasil de hoje, é aquele país em que esse tipo de coisa é admitido, mas onde críticas são demonizadas. A democracia defendida por esses atores todos, é aquela em que só tem importância, quando o sujeito concorda e bate palmas. É o país onde o crime organizado dá as ordens.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Brasil de Fato