A principal autoridade da União Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, está em Brasília para reunir-se, nesta segunda-feira, 12, com o presidente Lula. Oficialmente, ela vem discutir aspectos relacionados com o Tratado de Livre Comércio MERCOSUL – União Europeia, mas na verdade, o assunto é outro.
O que von der Leyen quer mesmo é enquadrar Lula e cobrar o seu apoio e do Brasil à Ucrânia, como forma de aumentar o isolamento da Rússia. Se o Brasil quiser que o TLC saia do papel, o presidente vai ter que assumir uma posição. Não dá mais para brincar de ser o queridinho de todos.
E Lula não pode esquecer que Washington tem muito interesse no assunto. Dependendo do que presidente brasileiro disser, as coisas podem piorar e muito nas relações internacionais do país. Está cada vez mais claro que ninguém aceita essa suposta neutralidade de Lula, sob inspiração de Celso Amorim.
A Europa bateu pesado em Bolsonaro e estendeu o tapete vermelho para Lula. É hora de pagar a fatura. Pouco importa o que Lula pensa. O importante é que ele condene objetivamente Putin, elogie Zelensky e permita que armas brasileiras sejam enviadas para Kiev.
O resto é papo furado.
O Tratado de Livre Comércio é importante, mas não é a prioridade para os líderes de uma Europa frágil e errática. Obviamente, o Canadá pode pegar fogo por inteiro, o discurso sobre o meio ambiente valia apenas para a Amazônia no Brasil sob Bolsonaro. Agora, pode queimar também, tá de boa. Desde que Lula abrace a União Europeia subalterna dos EUA, ele será endeusado.