A Organização dos Estados Americanos (OEA) abriu, nesta quarta-feira, 11, uma porta para que haja uma intervenção militar estrangeira na Venezuela. Apesar do Grupo de Lima ter se posicionado contrário a qualquer tipo de intervenção naquele país, a decisão de ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) busca dar legitimidade à possível derrubada do atual regime.
A oposição venezuelana festeja a decisão que contou com o apoio do Brasil e de mais 11 países. Dos integrantes do Grupo de Lima, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, e Honduras, votaram a favor da ativação do TIAR. Paraguai e Peru, se abstiveram junto com a Costa Rica que buscou, por meio de uma emenda, assegurar que uma intervenção militar estaria fora das futuras ações.
Como, aliás, reiterou o Grupo de Lima em diversas ocasiões por meio de declarações conjuntas. Inclusive, essa garantia pretendia atrair China e Rússia, potências que descartam qualquer tipo de ingerência contra o governo de Nicolás Maduro. Convém destacar ainda, que os Estados Unidos, que não integram o Grupo de Lima, enviaram representantes para as duas últimas reuniões realizadas em Lima e Bogotá.
Marcelo Rech – 11/09/2020