Nos dias 8 e 9 de abril, representantes da Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela, participaram da III Reunião Técnica Internacional sobre Mobilidade Humana de Cidadãos Venezuelanos na Região, realizada em Quito. Um dos mais afetados pela imigração venezuelana, o Brasil não participou do encontro.
A reunião teve como objetivo, discutir o acordado na Declaração de Quito, de 4 de setembro do ano passado, e o Plano de Ação deste processo, de 23 de novembro de 2018. Trata-se de um esforço liderado pelo Equador, de tratar da crise venezuelana sob a ótica dos seus cidadãos, as principais vítimas do desarranjo vivido por aquele país.
Um dos elementos mais importantes, diz respeito ao incremento da coordenação, comunicação e articulação adequadas entre os países de trânsito e acolhida dos migrantes. De acordo com os participantes, 3,5 milhões de venezuelanos encontram-se em situação de mobilidade humana, situação que cobra o necessário apoio técnico e financeiro por parte da comunidade internacional.
Os países da região que têm outorgado o status migratório regular a essas pessoas, lançaram também um apelo à comunidade internacional sob o princípio da corresponsabilidade, a destinar e priorizar da forma mais imediata possível, fundos não reembolsáveis para apoiar aqueles que lidam com a crise diretamente.
Como há uma tendência de piora da crise na Venezuela, este é um debate que deve ganhar corpo e importância, mais até que uma pretensa intervenção militar estrangeira naquele país. A próxima reunião será realizada em Buenos Aires nos dias 4 e 5 de julho. É bom que o Brasil esteja presente.
Marcelo Rech – 22/