No Brasil atual, temos um ambiente cada vez mais tóxico que busca semear o caos completo e, com isso, derrubar um presidente eleito com mais de 57 milhões de votos. Um presidente que comete erros, cujo governo tem problemas, mas que está longe de ser autoritário. Tanto isso é verdade, que tem recuado de muitas de suas intenções. Um regime ditatorial jamais recua.
Esse ambiente tóxico é também resultado de um ativismo político de grande parte dos meios de comunicação. O ato sagrado de formar opinião foi abandonado pelo desejo obsessivo de vender. E vender implica, quase que necessariamente, focar no drama, no caos. Claro, isso ganha outra conotação quando os recursos públicos deixam de entrar nas contas dos grandes grupos de comunicação.
Agora, há uma estratégia firme em curso: arrastar os militares que formam parte do núcleo de poder, para uma conspiração contra o presidente. Os militares que o cercam, têm um passado, uma história, uma ética, que vai muito além desses desejos golpistas. Muitos até divergem do presidente, mas daí a acreditar que se uniriam à classe política, para derrubá-lo, vai uma distância enorme.
Sem contar, a mais completa falta de bom senso. Principalmente, quando vimos os nomes que sugerem renúncia e/ou o afastamento de Jair Bolsonaro. Não são, digamos assim, os políticos com mais credibilidade junto à opinião pública, para dizer o mínimo. Oportunistas têm brotado mais que os casos de coronavirus confirmados. E o olhar não é para o hoje, mas para o amanhã, 2022.
Marcelo Rech – 04/04/2020