Reino Unido tem interesse em cooperação com a Força Aérea Brasileira

por | jun 28, 2021 | 19h

Na segunda-feira, 28, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, recebeu o Embaixador do Reino Unido, Peter Wilson, com quem tratou de diversos assuntos relevantes para a Força Aérea Brasileira (FAB). A visita também contou com a presença do Adido de Defesa do Reino Unido, Capitão Mark Albon, e do Chefe da Segunda Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro Paulo Roberto de Carvalho Júnior.

Na oportunidade, Peter Wilson explicou que a Global Air Chiefs’ Conference 2021, conferência com comandantes e representantes das forças aéreas mundiais, não poderá ser realizada presencialmente, mas sim virtualmente, nos dias 14 e 15 de julho, por conta da pandemia da COVID-19. No entanto, ele enfatizou que o encontro será de grande relevância para o contexto das relações de cooperação entre as forças aéreas.

O Embaixador do Reino Unido também tratou da iniciativa britânica denominada “Revisão Integrada”, lançada pelo governo britânico com o objetivo de aumentar, substancialmente, os investimentos em defesa e cooperação com as nações amigas, com reflexos que poderão contemplar a Força Aérea Brasileira.

Peter Wilson informou que o Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário mundial e que, desta forma, o governo britânico deseja cooperar nos assuntos de segurança, defesa, desenvolvimento, política externa e também na área espacial do país. Por conta desse interesse, o Embaixador foi convidado para conhecer o Centro de Operações Espaciais (COPE), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

De acordo com o Comando da Aeronáutica, o objetivo é que a representação diplomática do Reino Unido no Brasil possa conhecer com maior profundidade o Programa Espacial Brasileiro e, assim, possam estreitar com a FAB parcerias ainda mais profícuas e vantajosas para ambos os países.

Baptista Júnior e Peter Wilson trataram, ainda, sobre a intenção da FAB em adquirir aeronaves de reabastecimento em voo, a MRTT, sigla em inglês para Multi Role Tanker Transport, empreitada do governo brasileiro que conta com prioridade dada pelo Comando da Aeronáutica, em virtude das lacunas operacionais de caráter estratégico a serem preenchidas com essa nova capacidade a ser incorporada pela FAB.

Nesse processo, que está sendo tratado pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), a negociação pode avançar no sentido de se avaliar oportunidades de possíveis equipamentos que possam ser oferecidos pelas Forças Armadas do Reino Unido e que já contam com alto grau de compatibilidade com as capacidades operacionais já implantadas na FAB, informou a Aeronáutica.