As carnes de ovinos e caprinos tem atraído cada vez mais o interesse das populações árabes e muçulmanas, principalmente por ser saborosa e macia, além de ter uma coloração diferenciada e um apelo gourmet elevado, o que garante maior valor agregado.
De acordo com os indicadores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o rebanho nacional de caprinos gira em torno de 9,8 milhões de animais, sendo que 90% concentra-se no Nordeste. Já os ovinos são 18 milhões estão divididos em Nordeste (60%) e Sul (40%).
No entanto, o mercado no Brasil de caprinocultura e ovinocultura, está engatinhando, mas tem grande potencial para aumentar o consumo interno e externo. Para tanto, vários abatedouros têm-se especializado no mercado no Oriente Médio.
Para tanto, contam muito as excelentes relações do Brasil com os países árabes, a logística estabelecida pelos embarques de outras carnes e a expectativa de fomentar a exportação de carne de ovinos e caprinos. A certificação halal para este segmento está iniciando no Brasil e é essencial para alcançar o mercado externo.
O abate halal em ovinos e caprinos segue o mesmo protocolo utilizados em bovinos e aves, respeitando a jurisprudência islâmica e valorizando o bem-estar do animal.
De acordo com a OCDE-FAO, o consumo global de carne ovina deve crescer em média de 1,5% ao ano até 2023, apoiado pelo crescimento populacional e econômico mundial. Atualmente, a Ásia e o Oriente Médio são os maiores importadores de carne ovina da Austrália (um dos maiores produtores de carne ovina), e certamente representam mercados com grande potencial para o Brasil.