O Brasil tem alternativas à Rússia

por | fev 25, 2022 | 15h

Brasília – Ao “tucanar”, o presidente Jair Bolsonaro, mostrou-se hesitante e com medo de que a Rússia simplesmente lhe negara os fertilizantes tão necessários para o motor da economia nacional, o agronegócio. Mas, o Brasil tem alternativas aos fertilizantes russo e bielo-russo. China, Canadá e Marrocos, seriam as melhores apostas.

De acordo com o próprio governo brasileiro, a agricultura demanda 85% de fertilizantes importados e no ano passado, cerca de 23% dele foi importado da Rússia.

Dados da StoneX, (antiga INTL FCStone), rede de serviços financeiros de nível institucional que conecta empresas, organizações, traders e investidores ao contexto dos mercados globais, o país consome por ano 40 milhões de toneladas de nitrogenados, fosfatados e potássio.

Em relação aos nitrogenados, 95% são comprados da Rússia, China e de países do Oriente Médio; nos fosfatados a importação corresponde a 75% vindos da Rússia, China e Marrocos e no Potássio o percentual é de 95%, da Rússia, Belarus e Canadá. Com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, o mercado de fertilizantes subiu 42% e do fósforo, 16%.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, reconhece que os preços podem seguir subindo de acordo com a escalada da guerra naquela região. Segundo ela, o Brasil buscará uma articulação internacional para contornar o problema. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro estava na Rússia, ela tratava do assunto no Irã, que também pode se tornar um parceiro. Canadá e Marrocos também poderiam suprir a demanda brasileira.

Imagem: Folha Uol