Brasil quer a América do Sul unida contra os crimes transnacionais

por | jun 18, 2022 | 20h

O crime organizado nas fronteiras do Brasil, perdeu R$ 2,5 bilhões em 2021 com operações de apreensão de drogas. Até o mês de abril deste ano, foram apreendidos o equivalente a R$ 776 milhões. E o Brasil quer mais cooperação para que o crime organizado seja atacado por todos na região.

Brasília – Nos últimos três anos, o Brasil tem batido recordes de apreensão de drogas e congelamento de ativos do crime organizado. Com o propósito de fortalecer ainda mais esta política e ampliá-la para o seu entorno, o país reunirá, nos dias 23 e 24 de junho, os ministros da Justiça, Interior e Segurança.

Entre outras coisas, o objetivo brasileiro é integrar as polícias sul-americanas ao Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), que funciona na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. “Queremos oferecer capacitação aos policiais sul-americanos e permitir o intercâmbio de dados de inteligência, ações integradas e planejamento de investigações criminais conjuntas”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Cada país indicará os seus representantes que, após o encontro, atuarão como enlace no âmbito do CCPI. O Brasil quer firmar novas parcerias estratégicas que resultem em grandes apreensões. Um exemplo é a Operação Nova Aliança, implementada por Brasil e Paraguai, e que resultou na destruição de 5,4 mil toneladas de maconha em 2021.

Em 2021, operações policiais nas fronteiras brasileiras contribuíram para evitar um prejuízo de R$ 191 milhões aos cofres públicos. Até abril deste ano, informou o Ministério da Justiça, foram impedidos danos no valor de R$ 66 milhões. Além disso, o crime organizado na fronteira perdeu, no Brasil, R$ 2,5 bilhões em 2021 com operações de apreensão de drogas. Até o mês de abril deste ano, foram apreendidos o equivalente a R$ 776 milhões em insumos pertencentes às organizações criminosas

Durante o encontro, as autoridades brasileiras irão compartilhar dados e informações da Operação Nova Aliança, em funcionamento desde 2010, como os processos operacionais de combate ao crime e a situação do Brasil no controle da violência e descapitalização das organizações criminosas.

Na mesma linha e para ampliar a cooperação internacional e integrar as forças de segurança na América do Sul, o Brasil elaborou a “Aliança Estratégica contra o Crime Organizado Transnacional”, do qual o Paraguai já é parte. Os demais países serão convidados a aderir à Aliança durante o encontro em Brasília.

Mas, você sabe exatamente o que são crimes transnacionais? Bom, são todas as atividades criminais motivadas pelo lucro e cometidas por grupos organizados, envolvendo mais de um país. Entre elas estão, os tráficos de drogas, pessoas, animais e armas, o contrabando, e a lavagem de dinheiro.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Gov.br