Brasil e Paraguai realizam megaoperação combinada na fronteira

por | jul 21, 2022 | 10h

Militares das Forças Armadas, policiais e agentes antidrogas, atuarão até 31 de julho nas regiões de fronteira dos dois países. Um dos focos é Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã (MS) e reduto de organizações como o Comando Vermelho e o PCC.

Brasil e Paraguai iniciaram nesta quarta-feira, 20, uma megaoperação de combate aos crimes transnacionais na região de fronteira, com enfoque especial contra o crime organizado, a produção e o tráfico de drogas, o tráfico de armas e o contrabando.

Do lado brasileiro, é realizada a Operação Ágata e do lado paraguaio, a Operação Basalto. Pelo Brasil, participam os ministérios da Defesa com as Forças Armadas, e da Justiça e Segurança Pública, além do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Os paraguaios atuam por meio dos ministérios da Defesa e do Interior, além da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), a Polícia Nacional e a Unidade Interinstitucional de Combate ao Contrabando. O comando e controle da operação está a cargo do Comando de Operações de Defesa Interna, do Paraguai.

Trata-se de uma ação coordenada realizada com o objetivo de aplacar a atuação do crime organizado, principalmente naquilo que afetam os dois países simultaneamente. É a primeira vez que Brasil e Paraguai realizam uma operação conjunta dessa envergadura e nível de operação combinada, conjunta e interagencial.

Na terça-feira, 19, as principais autoridades envolvidas se reuniram na Vila Militar de Ponta Porã (MS). A operação vai até 31 de julho. Mais de 2 mil efetivos participam das operações dos dois lados da fronteira. No lado paraguaio, os militares atuam nos departamentos de Concepción, Amambay e Canindeyú.

Um dos focos da megaoperação é Pedro Juan Caballero, capital de Amambay e fronteiriça com Ponta Porã (MS). A região é dominada pelo Comando Vermelho (CV), mas o PCC, que domina a zona de Foz do Iguaçu-Ciudad del Este, também costuma atuar por ali.

Na segunda-feira, 18, 20 toneladas de maconha foram apreendidas na cidade e seriam vendidas no Brasil por US$ 5,5 milhões. Nos últimos meses, a SENAD apreendeu um total de 130 toneladas de drogas na região.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Martim Andrada/TV Morena