Em 2021, o Chile se tornou o quinto maior destino para produtos brasileiros. Hoje perde só para China, União Europeia, EUA e Argentina. Presidente afirmou que revisará os termos do tratado de livre comércio entre os dois países e em vigor desde janeiro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), promoverá, entre os dias 23 e 26 de agosto, uma missão empresarial ao Chile. O objetivo é ajudar os empresários a entenderem o potencial desse mercado e auxiliar nos primeiros passos das negociações. A iniciativa conta com o apoio da Apex-Brasil e do Sebrae.
De acordo com a CNI, trata-se de um projeto dividido em duas fases: o seminário Oportunidades de Negócios com o Chile, que acontece no dia 3 de agosto, pelas redes sociais da CNI; e a Missão Comercial Brasil-Chile, entre 23 e 26 de agosto, que conduzirá empresários interessados ao país vizinho para participar de reuniões com entidades públicas e privadas, visitas técnicas e encontros de negócios com compradores chilenos.
Desde janeiro, empresas brasileiras podem fazer negócios com o Chile com menos burocracia e mais rapidez e garantias, graças a um Acordo de Complementação Econômica firmado entre os dois países e que também engloba compras governamentais.
A parceria ampliou as oportunidades comerciais para setores como alimentos, médico-hospitalar, farmacêutico, telecomunicação e eletrônicos. A expectativa é que as empresas brasileiras lucrem US$ 15 bilhões ao ano com as novas oportunidades. No ano passado, Brasil e Chile também concluíram o processo de ratificação de um Tratado de Livre Comércio.
Considerado o mais moderno dos acordos comerciais já assinados pelo Brasil, ele deve abrir as portas do mercado chileno para empresas com interesse em licitações públicas do país e derrubar os custos de tramitação aduaneira, dando mais agilidade para exportações e importações.
Em 2021, o Chile se tornou o quinto maior destino para produtos brasileiros. Hoje perde só para China, União Europeia, EUA e Argentina. Ao contrário de outros mercados em que têm havido perda para concorrentes, a participação de bens “made in Brazil” no Chile passou de 8,4% para 8,6% nos últimos dez anos. Antes de sua posse, em março deste ano, o presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que colocará todos os acordos de comércio sob revisão, incluindo o tratado com o Brasil, assinado por Sebastián Piñera e Jair Bolsonaro. Ao assumir, ele disse que pretendia manter boas relações com o Brasil.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Agência de Notícias CNI