No ano passado, no âmbito da Operação Ágata, as apreensões de drogas, contrabando e descaminho geraram um prejuízo ao crime organizado de mais de R$ 300 milhões
Cerca de 4 mil militares das Forças Armadas estão sendo empregados em ações de monitoramento, como inspeções, vistorias, revistas e patrulhamento e montagem de postos de bloqueio, no âmbito da Operação Ágata Oeste. A iniciativa intensifica combate aos crimes transfronteiriços nos estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
Na quinta-feira, 21, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, se reuniu com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, membros das Forças Armadas e de agências que integram a operação, em Cuiabá. Na oportunidade, ele destacou a importância das ações, baseadas nos princípios da legalidade e da interoperabilidade.
De acordo com o ministro, “a atuação das Forças Armadas, lado a lado com as agências parceiras, garantem a integridade territorial brasileira, além de contribuir para a preservação do meio ambiente”, afirmou.
Criada em 2011, a Operação Ágata fortalece a presença do Estado na faixa de fronteira e integra as Forças Armadas com outros órgãos federais, estaduais e municipais que atuam na região. Além disso, o trabalho conjunto permite aprimorar as operações contra os ilícitos nas fronteiras e marca a presença do Estado nessas áreas.
A Operação Ágata integra o Plano de Proteção Integrada de Fronteiras do Governo Federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na fronteira do Brasil com dez países sul-americanos e em toda a costa marítima.
Trata-se de uma operação coordenada pelo Ministério da Defesa, focada na prevenção e repressão contra o contrabando, descaminho, narcotráfico, e a exploração e garimpos ilegais na faixa de fronteira. Na execução de operações interagências, participam efetivos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em parceria com órgãos de segurança pública e de fiscalização (federais, estaduais e municipais).
No ano passado, no âmbito da Operação Ágata, as apreensões de drogas, contrabando e descaminho geraram um prejuízo ao crime organizado de R$ 300 milhões, um aumento de 50% na apreensão de drogas em comparação com 2020. Em 2021, foram apreendidas 27,9 toneladas de cocaína, maconha, skank e haxixe, e, em 2020, 18,6 toneladas.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Victor Chagas/Ministério da Defesa