O general Paulo Sérgio, ministro da Defesa, deverá reunir-se com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, para tratar de temas da agenda bilateral de Segurança e Defesa. O impacto da guerra na Europa e a presença do crime organizado transnacional, são dois dos temas prioritários
Entre os dias 25 e 29 de julho, Brasília será a sede da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, o principal fórum multilateral entre países da região no setor de defesa e segurança. O evento será aberto oficialmente pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, nesta terça-feira, 26, às 9h, e tem como principal finalidade promover o conhecimento recíproco, a análise, o debate e o intercâmbio de ideias e experiências no campo da defesa e da segurança.
De acordo com o Ministério da Defesa, a programação prevê a apresentação dos resultados das discussões dos Grupos de Trabalho realizados no decorrer deste biênio: ciberdefesa e ciberespaço; mulher, paz e segurança; cooperação em assistência humanitária e socorro em casos de desastre.
Além disso, serão abordados temas como o fortalecimento da dissuasão integrada: ar, terra, mar, espaço e ciberespaço; e o papel das Forças Armadas frente a fluxos migratórios, tema apresentado pelo Brasil, que desde 2018, tem o Exército à frente da Operação Acolhida, que recebe os migrantes venezuelanos que fogem das crises política e econômica naquele país.
A Conferência de Ministros da Defesa das Américas (CDMA) foi estabelecida em 1995, e é o principal fórum de defesa do Hemisfério Ocidental para engajamento de nível estratégico entre autoridades de defesa e segurança. Além do evento em si, estão previstas uma série de reuniões bilaterais entre os responsáveis pela segurança e defesa. O general Paulo Sérgio, por exemplo, deverá reunir-se com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, para tratar de temas da agenda bilateral de Segurança e Defesa. Paulo Sérgio deverá ver-se com outras autoridades militares da região onde discutirá, entre outros assuntos, os impactos da guerra na Europa para o futuro da segurança internacional e a presença, cada vez mais forte, da criminalidade organizada no hemisfério.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: cmdabrasil.defesa.gov.br