O Brasil liderou as discussões sobre fluxos migratórios e apresentou detalhes sobre a Operação Acolhida, vigente desde 2018 e que já recebeu mais de 350 mil venezuelanos já passaram pelo território nacional e pouco mais de 70 mil foram interiorizados no país
A Argentina será sede da 16ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, a realizar-se em 2024. Na quinta-feira, 28, foi encerrada a 15ª edição do evento que teve o Brasil como anfitrião. O encontro reuniu representantes de 21 países, que discutiram diversos temas relacionados à Defesa e à Segurança hemisférica. Esta foi a segunda vez que o Brasil sediou a conferência.
O evento concluiu com a assinatura da Declaração de Brasília. Segundo o Ministério da Defesa, o documento oficializa os compromissos firmados pelos países presentes, além de detalhar os temas que serão estudados pelos grupos de trabalho do próximo biênio 2023/2024, cujo foco principal é continuar promovendo e fortalecendo a paz no hemisfério.
O documento reconhece, ainda, “seu compromisso inalienável com a defesa dos valores da autodeterminação, da independência nacional, do respeito da integridade territorial, à proteção de populações civis, à liberdade frente à dominação estrangeira, do respeito às fronteiras reconhecidas internacionalmente e da soberania nacional”.
Durante o biênio 2021/2022, vários grupos de trabalho discutiram aspectos relacionados com a agenda deste ano. Na conferência de Brasília, os resultados dessas discussões foram apresentados, tendo como temas, Ciberdefesa e Ciberespaço; Mulher, Paz e Segurança; e Cooperação em Assistência Humanitária e Socorro em Casos de Desastre.
O Brasil apresentou o tópico sobre os fluxos migratórios e o papel das Forças Armadas, com destaque para a Operação Acolhida, vigente desde 2018. Além disso, os 21 países trataram do fortalecimento da dissuasão integrada: ar, mar, terra, espaço e ciberespaço. À margem da Conferência, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, realizou reuniões bilaterais com os seus pares da Argentina, Canadá, Colômbia, Equador, EUA, Haiti, Honduras, México, Paraguai e Uruguai. Simultaneamente, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) promoveu a Base Industrial de Defesa (BID), com a exposição de produtos de 20 empresas fabricantes de armamentos, fardamentos, munições, meios de transporte e de comunicações, entre outros.
Por Marcelo Rech
InfoRel
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