No dia 18 de agosto, o diretor-geral adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, Victor Carneiro, firmou com a secretária nacional antidrogas do Paraguai, Zully Graciela Rolón Esquivel, um acordo de cooperação que permitirá aumentar o intercâmbio de informações e a capacitação, por meio da ABIN, dos agentes paraguaios empregados no combate ao crime organizado.
Rolón esteve no Brasil onde participou de um seminário organizado pela ABIN, sobre o tráfico internacional de armas. Ela aproveitou para reunir-se não apenas com a cúpula da agência, mas também com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno.
Segundo ela, a cooperação internacional é o caminho na luta contra o crime organizado. “A relação bilateral Paraguai e Brasil teve boníssimos resultados para essa luta e queremos seguir por esse caminho construindo, sobretudo, confiança e produção de conhecimentos”, afirmou.
Os agentes paraguaios serão capacitados na Escola de Inteligência (Esint), órgão vinculado à ABIN, responsável pela formação, capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais de Inteligência. Entre suas atribuições também estão a qualificação e aprimoramento em Inteligência de servidores de todos os 49 órgãos pertencentes ao Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
Em Brasília, Zully Rolón e as autoridades de inteligência do Brasil, também avaliaram os resultados obtidos com as operações conjuntas mais recentes, como a Basalto, que impôs um prejuízo de US$ 12,5 milhões ao crime organizado em apenas duas semanas.
Os dois países querem, agora, incrementar os vínculos no nível operativo e de inteligência, para aplicar golpes ainda mais duros às organizações criminosas como o PCC e o Comando Vermelho, que atuam dos dois lados da fronteira, especialmente nas regiões de Ciudad del Este – Foz do Iguaçu (PR) e Pedro Juan Caballero – Porto Murtinho (MS).
Por Marcelo Rech
InfoRel
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