Brasil e EUA discutem formas de combater o terrorismo e o crime organizado

por | ago 24, 2022 | 11h

Entre os dias 15 e 18 de agosto, autoridades brasileiras e norte-americanas, se reuniram em Brasília e São Paulo, para discutir formas de aumentar a eficiência no combate ao terrorismo e ao crime organizado. Para tanto, esteve no país, o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira dos EUA (TFI), Brian E. Nelson.

Na oportunidade, foram tratadas formas de melhorar a cooperação no combate ao financiamento ilícito, particularmente ao tráfico de drogas, financiamento do terrorismo, os desafios e as oportunidades que representam os ativos virtuais e crimes contra o meio ambiente. De acordo com a Embaixada dos EUA, essa foi a primeira visita do subsecretário Nelson ao Brasil.

Em Brasília, ele se reuniu com autoridades do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da área de de Inteligência e Crime Organizado, com quem tratou sobre as abordagens bilaterais das questões financeiras ilícitas. Além disso, discutiu-se a resposta global à guerra da Rússia contra a Ucrânia e os esforços para mitigar seus efeitos colaterais, inclusive por meio de um limite de preço para o petróleo russo, com o objetivo de restringir as receitas russas e fragilizar o presidente Vladimir Putin.

Ainda na capital, o funcionário norte-americano foi recebido, também, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelo Secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, do Itamaraty, Embaixador Michel Arslanian.

Já em São Paulo, Nelson se reuniu com o diretor da Polícia Federal, Caio Pellim, responsável pelo setor de investigação e combate à corrupção e com o diretor de Inteligência e Combate ao Terrorismo, Alessandro Morett. Durante as reuniões, eles discutiram as prioridades de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do contraterrorismo, bem como o cumprimento das sanções, incluindo as Licenças Gerais do Tesouro para commodities agrícolas e fertilizantes. 

Ele conversou, também, com os responsáveis pelo combate aos crimes contra a natureza, incluindo as ligações entre o crime organizado e os crimes ambientais, como extração ilegal de minerais, madeira e outros. Outras reuniões incluíram a FEBRABAN, para explorar um engajamento adicional com o setor privado, e com o Ministério Público, para discutir a cooperação relacionada às atividades criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

No ano passado, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou a organização criminosa transnacional PCC, sob a Ordem Executiva Global do Comércio Ilícito de Drogas, e continua a trabalhar em estreita colaboração com parceiros na região para visar o ecossistema do crime organizado.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Via @USTreasury