Já se vão seis meses de guerra no Leste da Europa, sem que haja sequer um pequeno indício de solução. De momento, a Europa e os EUA priorizam o comércio de armas para Kiev, enquanto as Nações Unidas fazem cara de paisagem, mostrando-se, mais uma vez, inútil.
A Ucrânia, vítima de uma agressão externa, aproveita o momento para promover um expurgo político colossal. Queridinho do Ocidente, Volodomyr Zelensky tira proveito da situação para varrer a oposição. Há registros fortes de que opositores ideológicos do presidente estariam sendo torturados e executados sumariamente. Uma limpeza física estaria em curso no país.
Na esteira da guerra, o presidente tem logrado dissolver partidos políticos como o Nashi, sem representação parlamentar, assim como os partidos socialista e da Justiça e do Desenvolvimento. No início da guerra, a principal sigla de oposição, Plataforma Opositora – Pela Vida, já havia sido fechado, mesmo tendo conquistado, em 2019, 44 cadeiras no parlamento ucraniano.
Apresentado como o “Winston Churchill” que estaria salvando o seu povo das garras russas, o líder ucraniano está aniquilando a população etnicamente russa em várias partes do país, fazendo com que Zelenski perca, rapidamente, o apoio da opinião pública ucraniana, contrária à perseguição de nacionais por motivos político-ideológicos.
Além disso, as forças especiais a mando do presidente da Ucrânia, também trata de neutralizar os meios de comunicação independentes. Jornalistas, blogueiros, músicos e figuras públicas, estão sendo detidas e mantidas incomunicáveis, de forma ilegal e sem que a comunidade internacional reaja.
Para piorar, ele respaldou por completo as ações do chamado Batalhão Azov, uma organização nazista banida na Rússia. Para Zelensky, “eles são o que são” e fazem parte das Forças Armadas da Ucrânia. Parte da população ucraniana também responsabiliza o presidente pelo fracasso dos acordos de Minsk, que previam um cessar-fogo no Leste do país.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Peter Zelei