Argentina e Irã pedem para China e Rússia para serem parte dos BRICS

por | set 8, 2022 | 16h

O governo argentino pediu formalmente para Pequim, para integrar como membro pleno o bloco constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). Na semana passada, o presidente argentino Alberto Fernández, enviou uma carta com o pedido, ao líder chinês Xi Jinping. A China exerce, neste ano, a presidência pro tempore do bloco.

Também na semana passada, na cidade de Xiamen, foi realizado um foro de discussão sobre a quarta revolução industrial, na qual estiveram presentes os embaixadores do Brasil, Argentina, Rússia, Índia e África do Sul, além do vice-ministro da Indústria, da China.

Na oportunidade, o embaixador argentino afirmou que o seu governo enxerga nos BRICS, o bloco capaz de fazer frente aos complexos desafios globais da atualidade. Durante o encontro, a adesão da Argentina foi debatida pelos representantes dos demais países do bloco.

Buenos Aires acredita que o fato de presidir a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), lhe confere o status de líder regional, legitimando sua demanda. O Brasil não foi consultado a respeito.

Irã

O Irã também pediu, desta vez à Rússia, para integrar o bloco, como alternativa ao sistema internacional dominado pelos EUA. Para Teerã, o papel dos BRICS para emergir como uma entidade independente de cooperação financeira, atende aos seus interesses.

No entanto, o ingresso do Irã no bloco é algo que os EUA não estão dispostos a aceitar, apesar de o país não fazer parte do grupo. Moscou, talvez justamente por isso, tem grande simpatia pela ampliação do bloco com o ingresso iraniano.

Tanto Argentina como Irã, estão de olho nos aportes do Novo Banco de Desenvolvimento, dos BRICS, que poderia resgatá-los das pressões de liquidez. As sanções econômicas aplicadas por Washington à Rússia, China e Irã, tornam ainda mais atrativo o BRICS.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Ámbito