Embora os governos do Brasil e do Chile não conversem e o Brasil deixe mofar o pedido de Santiago para acreditar em Brasília, o esquerdista radical Sebastian Depolo, como Embaixador, as relações comerciais vão muito bem e os respectivos setores privados esperam movimentar mais de R$ 50 milhões em comércio até o final do ano.
Em agosto, 46 empresários brasileiros, representando 38 empresas, participaram de uma missão ao país andino. O evento foi promovido pela Apex-Brasil com o apoio da CNI e da entidade empresarial chilena Sofofa. Os chilenos têm interesse em comprar mais de 1.700 produtos brasileiros, como máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos, fármacos e alimentos.
De acordo com a CNI, das 38 empresas presentes na missão, 61% já têm contato com o comércio exterior. No entanto, as missões buscam fortalecer a internacionalização das empresas brasileiras, ao mesmo tempo em que os empresários fecham negócios.
O Brasil também trabalha para que o setor privado tire proveito do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, em vigor desde o ano passado. No primeiro semestre de 2022, a CNI promoveu outras sete ações com foco em comércio exterior, nas quais atendeu 199 empresas. Ao todo, os eventos já movimentaram mais de R$ 7 milhões e podem render mais R$ 221 milhões em exportações do Brasil até o fim do ano.
A entidade também lançou o Manual de Compras Governamentais no Chile. O documento aborda as oportunidades do novo acordo comercial entre Brasil e Chile e destaca os benefícios do capítulo de compras governamentais, o potencial do mercado chileno de contratações públicas e o funcionamento do sistema de compras públicas do país, em especial a plataforma do Mercado Público.
Em 2021, as exportações de bens do Brasil para o Chile somaram US$ 7 bilhões – o maior valor da última década. A participação brasileira nas importações chilenas cresceu de 6,5% em 2012, para 8,8% em 2021.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Portal de Indústrias