No dia 23, autoridades do ministério da Agricultura do Brasil e da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) fecharam um acordo que permitirá a exportação do amendoim brasileiro para aquele país. A GACC concedeu autorização para 47 empresas brasileiras do setor.
As empresas foram habilitadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, e submetidas às autoridades chinesas. A China importa anualmente mais de US$ 800 milhões em amendoim.
Entre os meses de janeiro e maio de 2022, foram 248.150.853 quilos do produto. A expectativa é que o Brasil conquiste uma boa parte desse mercado, ampliando a pauta de vendas dos produtos do agro para a China.
A abertura do mercado chinês para o amendoim brasileiro faz parte de um pacote de avanços alcançados nas negociações bilaterais neste ano, possivelmente o mais importante em mais de uma década. Para o Brasil, a certificação dessas empresas, além de aumentar as exportações, irá gerar mais empregos e renda no campo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, além do amendoim, há expectativa de finalização ainda este ano das negociações para as exportações de gergelim e sorgo. Os dois países concluíram, também, as negociações para as exportações de farelo e proteína de soja, bem como de polpa cítrica, que podem ser vendidas dentro de poucas semanas. O Brasil trabalha ainda para a autorização, em breve, das vendas de uvas ao mercado chinês, assim como de farinhas de aves e de suínos.
Com a abertura do mercado chinês para o amendoim brasileiro, o Brasil chegou a 43 novos mercados abertos para os produtos agropecuários até setembro deste ano. Desde 2019, o número de mercados abertos chegou a 229, em um total de 54 países, sendo 26 asiáticos, 19 americanos, oito africanos e um na Oceania.
Em 2021, foram registrados 77 mercados e, em 2020, 74 mercados. Em 2019, 35 mercados entraram para a lista de exportação do Brasil. Egito, Marrocos, Zâmbia, África do Sul, Camarões, Senegal, Cabo Verde e Uganda formam o conjunto no continente africano, com 38 itens na pauta das exportações.
Já nas Américas temos Argentina, Colômbia, Peru, EUA, Guiana, México, Canadá, Equador, Venezuela, Guatemala, Bolívia, Chile, Paraguai, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Uruguai, Cuba e Suriname, totalizando 102 mercados. Na Oceania temos a Austrália, com um mercado aberto.
E no continente asiático foram conquistados países como Arábia Saudita, China, Emirados Árabes, Cazaquistão, Coreia do Sul, Índia, Japão, Malásia, Indonésia, Taiwan, Irã, Tailândia, Mianmar, Singapura, Qatar, Camboja, Israel, Vietnã, Iêmen, Líbano, Turquia, Jordânia, Síria, Bahrein, Rússia e Filipinas, totalizando 88 mercados.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: gov.br