Neste domingo, a direita venceu as eleições na Itália e terá, pela primeira vez, uma primeira-ministra como Chefe de Governo e com maiorias tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado. Em setembro, a direita também venceu as eleições gerais na Suécia.
A exemplo do que se passa em outras partes do mundo, a elite intelectual militante que controla os meios de comunicação, preferiu insistir na narrativa de que “o fascismo venceu”. Há alguns anos, o simples pensar diferente é suficiente para sermos taxados de fascistas.
O que a Europa não quer é refletir sobre as razões que têm levado, cada vez mais, os próprios europeus a buscarem um outro caminho, uma alternativa à tal Agenda 2030 que é decidida em Bruxelas por burocratas que não são votados por ninguém.
As pessoas estão deixando claro que países querem e o que não querem, mas o discurso daqueles que deveriam ater-se aos fatos, será deslegitimar a vontade da maioria – essência de qualquer democracia – assassinando reputações.
A Europa atravessa uma de suas piores crises e com o inverno rigoroso se aproximando, fica cada vez mais evidente que Bruxelas tem sido incompetente para manter a União Europeia. O crescimento dos partidos de direita e dos nacionalismos, deve ser debitado, a pessoas como a alemã Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia.
Na semana passada, dois antes das eleições italianas, ela ameaçou de forma clara, os eleitores italianos caso a direita vencesse as eleições. Dito de outra forma: o direito dos italianos em eleger, pelo voto, em uma democracia, só seria aceito caso a esquerda vencesse.
Os italianos, assim como os poloneses e os húngaros, por exemplo, mandaram um recado claro: vá se catar, dona von der Leyen. É muita arrogância intimidar um país inteiro quando se lambe as botas de ditaduras como as de Cuba, Nicarágua e Venezuela.
O que está destruindo a Europa e sepultando a qualidade de vida de seus habitantes, é uma agenda radical que é imposta garganta abaixo de todo mundo. Essa agenda verde, diversa e multicultural, está arruinando o Velho Continente.
A Suécia, por exemplo, passou de um dos países mais seguros do mundo, para um dos mais inseguros, graças à política impositiva de fronteiras abertas. A Dinamarca, modelo de IDH mundial, assiste impassível à invasão islâmica radical, pagando caro e dando à essa imigração descontrolada, um nível de vida que muitos dos seus não têm.
Qual a chance de isso dar certo? Na Noruega, o ministro da Cultura, de origem mulçumana, disse publicamente que irá acabar com a cultura norueguesa. Certamente, para implementar aquela que ele considera a correta de acordo com princípios religiosos radicais.
Na Espanha, a violência, o vandalismo, a invasão e ocupação de propriedades privadas, são partes da cena diária em cidades como Barcelona, por exemplo. E isso ocorre com a anuência dos governos progressistas. Aos que pedem um maior controle e o respeito às leis, a deslegitimação: são fascistas, nazistas e sabe-se lá mais o quê.
Não bastasse tudo isso, a Europa embarcou na lorota dos EUA, comprou uma briga com a Rússia e, agora, não sabe como sair do atoleiro. Isso enquanto as indústrias de armas, gás e petróleo norte-americanas, lucram bilhões, protegidas de uma guerra por dois oceanos.
Giorgia Meloni é uma jovem de 45 anos, jornalista, mãe e conservadora. Ela venceu por defender o direito dos italianos à sua soberania, qualidade de vida, segurança, trabalho. A sua vitória deveria ser celebrada por todos aqueles que se dizem democratas. Ela venceu uma eleição limpa, transparente e por uma maioria contundente.
E ela venceu, também, porque os italianos decidiram dar um basta ao politicamente correto, uma doutrina marcada pela necessária divisão da sociedade. Giorgia não venceu por ser mulher, venceu por convencer as pessoas de que suas propostas são as melhores para a Itália.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: AFP