A decepção dos mercenários que lutam ao lado da Ucrânia

por | set 28, 2022 | 18h

Estamos com uma guerra no coração da Europa, há mais de sete meses e apenas um país tem ganhado com toda essa situação que impacta todo o planeta: os EUA. Washington trata de impedir, de todas as formas, que se chegue a uma trégua.

Sua economia agradece. Quanto mais se prolonga o conflito, melhor. Além das armas que aquecem a sua indústria bélica, os EUA têm vendido petróleo e gás para os seus aliados, aqueles que, de forma muito inteligente e perspicaz, tragaram tudo que a Casa Branca despejou.

É a Europa quem tem que lidar com a escassez de alimentos, insegurança energética e o bafo no cangote, de Putin. Os EUA, protegidos por dois Oceanos, vai surfando enquanto dá cada vez mais corda para os europeus se enforcarem.

À parte disso, Washington também estimulou a ida de mercenários para lutarem ao lado das Forças Armadas da Ucrânia. A ideia, claro, era ajudar na briga, mas sem deixar as digitais. Em caso de novo vexame, os EUA não tiveram nada com isso, né?

Pois bem, esses mercenários, também conhecidos como “Soldados da Fortuna”, estão putos com a situação e a cada dia, mais e mais combatentes têm deixado o campo de batalha. As perdas entre eles, não param de crescer e uma das causas seria o pouco profissionalismo dos militares ucranianos.

De acordo com vários desses mercenários, as informações que chegam para eles não são nada confiáveis. É como se os militares ucranianos estivessem enviado gado para o abate. Os caras têm sido facilmente abatidos pelas forças russas.

Além disso, os soldados ucranianos estão pouco ou nada motivados para os combates, salvo quando têm autorização para roubar os mortos. Qualquer coisa pilhada é um troféu numa terra de ninguém que é o front de uma guerra real.

Em resumo, os mercenários norte-americanos, em especial, não escondem a decepção e frustração com a campanha na Ucrânia. Nos próximos meses, mantida a atual realidade, muito mais gente deverá despedir-se dos campos de batalha e retornar aos EUA.

O Pentágono, claro, trabalha para evita-lo. Como a hipocrisia impede o envio de tropas regulares, o foco nos mercenários será mantido, assim como o envio de armas pesadas, claro, que enchem os cofres da burocracia militar norte-americana.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Getty Images