O Brasil não enviou observadores para os referendos russo na Ucrânia

por | set 28, 2022 | 19h

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, não enviou observadores para os referendos realizados por Moscou, para anexar partes do território da Ucrânia. A informação de que observadores internacionais teriam participado do processo, partiu do próprio governo ucraniano.

De acordo com Kiev, a Rússia, Bielorrússia, Síria, Egito, Brasil, Venezuela, Uruguai, Togo e África do Sul, teriam enviado observadores, o que foi visto pelo regime de Volodimir Zelenski, “como um crime coletivo contra a Ucrânia”, uma vez que os referendos foram realizados em regiões ocupadas ilegalmente por Moscou.

A polémica teve início quando o uruguaio Sebastián Hagobián, membro da Comissão de Assuntos Internacionais da Frente Ampla, divulgou em uma rede social que estava no Sul da Ucrânia “não para validar o processo, mas obter informações sobre ele”.

Diante das pressões geradas, a Frente Ampla divulgou uma nota assegurando que Hagobián não representa o grupo e nem o Parlamento uruguaio e que sua viaje tanto à Rússia como à Ucrânia, tem o caráter particular. Já o Brasil, mantém a sua postura em relação à guerra, de atuação dentro do Conselho de Segurança da ONU.

Para o país, os referendos realizados pela Rússia são de sua inteira responsabilidade. O sim alcançou 99% dos votos e Moscou poderia anexar partes da Ucrânia ao seu território, até 4 de outubro.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Reuters