Finalizada a primeira fase de Usina de Enriquecimento de Urânio

por | nov 25, 2022 | 14h

A previsão é que, até 2033, a INB seja capaz de atender, com produção totalmente nacional, as necessidades das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e, até 2037, a demanda de Angra 3

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) irá inaugurar, nesta sexta-feira, 25, a 10ª cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende (RJ). Esse será mais um passo para o aumento da produção nacional de urânio enriquecido.

Com a ampliação, a INB finaliza a primeira fase da implantação e reduz o seu grau de dependência na contratação do serviço no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais. A medida possibilitará o alcance da capacidade de produção para atendimento de 70% da demanda das recargas anuais da usina nuclear Angra 1.

Segundo a INB, a tecnologia de enriquecimento do urânio pelo processo da ultracentrifugação foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).

De acordo com a World Nuclear Association, o Brasil faz parte de um seleto grupo de 13 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção.

A implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da FCN está sendo realizada, de forma modular, em duas fases. A segunda será composta por trinta cascatas. O projeto para a implantação da 2ª fase, denominada Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) foi iniciado com o projeto básico, que se encontra em elaboração, e com a solicitação de licenças aos órgãos de fiscalização: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama e Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

Quando a implantação da Usina estiver concluída, o Brasil passará à condição de autossuficiência de enriquecimento de urânio. A previsão é que, até 2033, a INB seja capaz de atender, com produção totalmente nacional, as necessidades das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e, até 2037, a demanda de Angra 3.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Canal Energia