Questão aduaneira é o principal desafio para o Corredor Bioceânico

por | nov 28, 2022 | 6h

Prefeitos de 11 municípios do Mato Grosso do Sul, estiveram no encontro e apresentaram as dificuldades de acesso a Argentina e ao Chile pelo traçado do corredor – de Porto Murtinho a Antofagasta, totalizando 1.870 km, distância revisada

No dia 23, realizou-se, em Antofagasta, no Chile, a 9ª Reunião do Grupo de Trabalho, sobre o Corredor Bioceânico. Na oportunidade, todas as comissões técnicas se debruçaram sobre os principais temas da agenda de implementação do projeto.

A agenda incluiu a discussão de questões relacionadas com a indústria e comércio, procedimentos fronteiriços, logística, infraestrutura e transporte, turismo e rede de universidades. Enquanto avançou-se em alguns pontos cruciais do projeto, o desembaraço aduaneiro, porém, segue sendo um problema.

Prefeitos de 11 municípios do Mato Grosso do Sul, estiveram no encontro e apresentaram as dificuldades de acesso a Argentina e ao Chile pelo traçado do corredor – de Porto Murtinho a Antofagasta, totalizando 1.870 km, distância revisada.

O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, ressaltou que as aduanas estão trabalhando de forma lenta, exigindo, em algumas situações, documentos desnecessários. “É preciso reestruturar os sistemas alfandegários da Argentina e do Chile”, cobrou Cintra.

Para o Embaixador do Brasil no Chile, Paulo Pacheco, os acordos bilaterais para a integração entre as aduanas estão progredindo e vão permitir que o corredor cumpra seu destino e seja um instrumento de integração comercial e dos povos. “É um desafio por envolver distintas legislações, um exercício bastante complexo, contudo, estamos otimistas de que vamos lograr êxitos para permitir fluidez aos bens, serviços e pessoas”, disse.

Pacheco está confiante na abertura da rota para as exportações do Brasil ao mercado asiático a partir de janeiro de 2025, data de conclusão da ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai), e do último trecho (222 km) em pavimentação da rodovia no Chaco Paraguaio (Mariscal Estigarribia a Pozo Hondo, na Argentina).

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Idest