Brasil vai explorar a Margem Equatorial para ‘garantir’ investimentos privados

por | nov 30, 2022 | 11h

São estimados US$ 72,5 bilhões pela indústria, entre 2023 e 2032, em fomentos para a fabricação de plataformas, incluindo a construção de 319 poços de produção

O Brasil não pode perder a chance de explorar a Margem Equatorial em busca de petróleo, óleo e gás. Foi o que afirmou, nesta-terça, 29, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na abertura do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo ele, empresas estrangeiras estão procurando uma forma de investimento seguro no setor, que teriam como destino a Guiana ou o Brasil. “A Margem Equatorial não vai parar e as empresas terão que escolher entre a Guiana e o Brasil. Isso se não ficarmos criando questões que não existem em outros países da Europa, impedindo a exploração dos recursos naturais com leis, que não existem em outros lugares do mundo. Esse é o momento do Brasil, não podemos perder novamente essa chance”, explicou.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, as áreas da Margem Equatorial foram arrematadas em 2013, e desde então, as empresas vêm enfrentando dificuldades para obter licenças ambientais para desenvolver atividades exploratórias.

Uma das alternativas, para o ministro, é o Brasil melhorar os marcos legais para facilitar o acesso dessas empresas e os investimentos. Sachsida reforçou que o MME segue trabalhando para melhorar a eficiência de campos marginais e os leilões permanentes nas áreas de pré-sal, por meio do aprimoramento no modelo de concessões.

Na sua avaliação, os desinvestimentos da Petrobras em conjunto com os desenvolvimentos já mencionados, devem “garantir o crescimento brasileiro por meio da competição”.

Dados da PPSA, mostram que o desenvolvimento dos 18 contratos de partilha de produção demandará a contratação de 21 FPSOs de até 225 mil barris/ dia de capacidade até 2029. No total, são estimados US$ 72,5 bilhões pela indústria, entre 2023 e 2032, em fomentos para a fabricação dessas plataformas, incluindo a construção de 319 poços de produção e injeção às novas unidades.

O Ministério de Minas e Energia, informou que em 2030, o regime de partilha de produção deve representar mais da metade da produção nacional de petróleo e dois terços do total produzido no pré-sal, alcançando 2,949 milhões de barris de petróleo por dia. Em 2031, a parcela de óleo da União deve alcançar 920 mil barris por dia.

Por Marcelo Rech

InFoRel

Imagem: Portos e navios