EUA busca aproximação com a esquerda para conter a China e avançar sobre a Amazônia

por | dez 7, 2022 | 14h

EUA enxergam em Lula, uma nova oportunidade de avançar sobre a Amazônia. Por isso, o conselheiro de Segurança da Casa Branca, veio ao Brasil para bajular o presidente eleito. Lula e Joe Biden, no entanto, devem encontrar-se apenas no próximo ano e não será em Brasília

Os EUA apostam em uma nova relação com o Brasil a partir de janeiro, com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado, o tão propalado encontro entre Lula e Joe Biden, não deve ocorrer tão cedo. O presidente dos EUA já bajula o brasileiro, mas não virá na sua posse.

Nesta segunda-feira, 5, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, chegou à Brasília onde se reuniu com o secretário de Assuntos Estratégicos, Almirante Flávio Rocha, para expressar, segundo a Embaixada norte-americana, o apreço pelo progresso no relacionamento Brasil-EUA e reforçar a natureza estratégica de longo prazo da parceria entre os dois países. Sullivan não viu o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com diplomatas dos dois países, o encontro entre Joe Biden e Lula deverá ocorrer nos EUA no primeiro trimestre de 2023. A vice-presidente Kamala Harris, deverá participar dos eventos da posse de Lula, mas nem isso está confirmado. Não se descarta que o represente seja o Secretário de Estado, Antony Blinken.

Jack Sullivan, em seu encontro com Lula, ouviu muito sobre o G-20 e a necessidade de se retomar a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Os EUA querem aproveitar a agenda do clima para avançar sobre a Amazônia. Para Washington, Lula pode representar uma oportunidade.

Além disso, o Brasil sob Lula, deverá contribuir com os EUA para a contenção da China, cuja presença na América Latina, preocupa a Casa Branca. Segundo Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, Lula e Sullivan conversaram sobre paz e democracia na América do Sul.

Entende-se por democracia, a situação na Venezuela. Recentemente, os EUA autorizaram uma companhia privada de petróleo, a firmar acordos com o Caracas. Lula também deverá retomar as relações diplomáticas com Maduro já nos primeiros dias de seu governo.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Correio Braziliense