Ministro defende estímulos à indústria de Defesa nacional

por | dez 8, 2022 | 12h

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, destacou a importância do estímulo à indústria brasileira de Defesa não só para inibir potenciais agressões contra a soberania nacional, mas também para a geração de empregos e renda

Nesta terça-feira, 6, ao abrir oficialmente a 7ª Mostra BID, em Brasília, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, destacou a importância do estímulo à indústria brasileira de Defesa não só para inibir potenciais agressões contra a soberania nacional, mas também para a geração de empregos e renda. “Sabemos o quanto a indústria de Defesa é fundamental para a necessária dissuasão de eventuais ameaças e para o desenvolvimento econômico do país”, afirmou.

O Ministério da Defesa, assim como as Forças Armadas, participa até amanhã, 8, da mostra que é realizada pela Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), em parceria com a Apex-Brasil. São 90 expositores público e privados, incluindo Aeronáutica, Exército e Marinha.

“Esse expressivo setor econômico é responsável por mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, gerando milhares de empregos diretos e indiretos no país”, destacou o ministro, enfatizando que os investimentos na capacitação das Forças Armadas podem fomentar a inovação tecnológica e a atividade econômica.

Ainda segundo ele, “a indústria de Defesa no Brasil vem evoluindo a passos largos e se destacando, com expressivos resultados e com elevado potencial de crescimento. Nossos produtos de defesa alcançam qualidade internacional, sendo reconhecidos pela eficiência, custo acessível e tecnologia agregada”, acrescentou.

Travas

No entanto, apesar dos bons números e da o desembargador federal Wilson Alves de Souza, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu, provisoriamente, a compra, pelo Exército, de 98 blindados italianos, após um longo processo de licitação. A negociação, conforme mencionado na decisão judicial, poderia ultrapassar os R$ 5 bilhões.

O Exército assegura que a compra das viaturas Centauro II 8 x 8 com recursos próprios faz parte do projeto de modernização que prevê a substituição de parte da atual frota de blindados Cascavel EE9, cuja vida útil chegou ao fim, após quatro décadas de uso.

Além disso, o contrato suspenso, previa a entrega de apenas duas amostras do blindado, para testes. Somente após a aprovação desses protótipos o contrato principal será assinado, visando à obtenção de um total de 98 veículos ao longo de 15 anos, totalizando um investimento estimado de R$ 3,3 bilhões.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Defesa em Foco