A dívida do Brasil com organismos internacionais seria, segundo o Gabinete de Transição, da ordem de R$ 5 bilhões. Desta forma, o país poderá perder o direito de voto e indicar candidatos à cargos internacionais. O futuro governo não sabe como resolver o problema
A dívida acumulada do Brasil com diferentes organismos internacionais seria, segundo o Gabinete de Transição, da ordem de R$ 5 bilhões. Caso a dívi9da não seja equacionada, o país poderá perder em breve, o direito de voto e até mesmo indicar candidatos para esses organismos.
Entre as organizações que não recebem os recursos, estão as agências do sistema ONU, a Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para 2023, o Orçamento não prevê o aporte de recursos para quitar essas dívidas.
Desta forma, o futuro governo terá de eleger prioridades e os organismos principais, onde o Brasil está na iminência de perder o direito de voto, serão os primeiros a receber alguma coisa. Tal cenário prejudica muito a imagem do país e os projetos de projeção internacional pretendidos pelo novo governo.
Segundo o Itamaraty, no caso da ONU, se um país dever dois ou mais anos de contribuições regulares, pode perder o direito ao voto. Para evitar essa situação, o Brasil tem pago algumas parcelas, como no fim de 2020, quando o governo fez um crédito suplementar de R$ 3,3 bilhões para pagar obrigações com a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Por outro lado, o Gabinete de Transição continua discutindo a reabertura de embaixadas na África e no Caribe, fechadas pela atual gestão, justamente por falta de recursos econômicos e humanos. Para o futuro governo, essas embaixadas rendem votos ao Brasil em diversos organismos.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Folha PE