Além dos US$ 689 milhões do BNDES brasileiro, a Argentina conseguiu mais US$ 540 milhões da CAF. O gasoduto Nestor Kirchner permitirá ao país, economizar cerca de US$ 2,2 bilhões em importações e subsídios
O Brasil, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiará com US$ 689 milhões, a construção do segundo trecho do gasoduto Nestor Kirchner, na Argentina. A informação é da secretária de Energia, daquele país, Flavia Royón. “Esta é uma obra fundamental e histórica, que vai aumentar a produção de Vaca Muerta ao expandir a capacidade de transporte de gás em 30%”, afirmou.
Royón disse que “o primeiro trecho (de Tratayén a Salliqueló) será concluído em junho de 2023 e significará uma economia de US$ 2,2 bilhões em importações e subsídios”. Ela informou, ainda, que além dos US$ 689 do BNDES, a Argentina conseguiu mais US$ 540 milhões da CAF, o banco de fomento regional.
“Esta obra será fundamental para alcançar a autossuficiência energética, aprofundar as exportações regionais e desenvolver projetos de GLP. Os cálculos mais conservadores nos permitem projetar uma economia de US$ 20 milhões por dia, com os quais o investimento pode ser recuperado em um ano”, explicou.
Nas últimas semanas, as equipes da Energía Argentina (Enarsa), dos ministérios da Economia da Argentina e do Brasil, das chancelarias e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estiveram reunidas para finalizar o financiamento da segunda etapa da obra.
O segundo trecho do gasoduto ligará os municípios de Salliqueló, na província de Buenos Aires, a San Jerónimo, em Santa Fé, um percurso de 583 quilômetros que será percorrido por um duto de 36 polegadas. As obras da segunda etapa permitirão ampliar em 25% a capacidade do sistema nacional de transporte por gasoduto, agregando valor às reservas de Vaca Muerta.
Em sua primeira etapa, o gasoduto aumentará a capacidade de transporte em 24 milhões de metros cúbicos de gás por dia para substituir a importação de combustível e terá uma extensão de 573 quilômetros com um investimento estimado em US$ 1.5 bilhão.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Valor Econômico