CNI discute com diplomatas as expectativas para o início do novo governo

por | dez 20, 2022 | 10h

Nesta segunda-feira, 18, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu a 18ª edição do Briefing Diplomático, evento que contou com a participação de 53 diplomatas estrangeiros representando 53 países. Durante o evento, integrantes da CNI puderam debater as perspectivas para o cenário político-econômico brasileiro, com foco nas expectativas para o primeiro semestre do novo governo.

De acordo com a CNI, o evento é realizado semestralmente e serve, entre outras coisas, para intercambiar percepções e incrementar a interação e o diálogo com o corpo diplomático, afinal de contas, são eles que traduzem para os seus respectivos governos, a real situação política e econômica do país. 

Para a diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Lytha Spíndola, o diálogo com representantes de outros países é fundamental, especialmente em tempos de muitos ruídos na comunicação. Ela também destacou a importância do Plano de Retomada da Indústria, elaborado em consulta com entidades e lideranças industriais brasileiras.

“O Brasil tem um desafio muito grande. O governo não tem um plano de desenvolvimento industrial, então a ideia da CNI foi lançar e debater princípios norteadores e propostas prioritárias com o novo governo para, logo no início da gestão, o documento servir como subsídio para a formatação de uma política industrial”, explicou.

Ainda segundo Spíndola, “uma primeira versão foi entregue e bem-recebida pela equipe de transição e o documento final será compartilhado com as embaixadas tempestivamente”, completou. O plano é bem objetivo, focado nos planos de desenvolvimento industrial lançados pelas principais economias do mundo.

“São propostas para subsidiar as ações do novo governo, para reverter o processo de desindustrialização e viabilizar uma maior inserção competitiva do Brasil nas cadeias globais de valor. O plano deve conter vertentes de clima, meio ambiente, captura de carbono, abordagem mais moderna do fator trabalho, da segurança alimentar e outras”, concluiu.

Nesta 18ª edição, participaram do representantes do corpo diplomático da África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Barbados, Bélgica, Bolívia, Botsuana, Burkina Faso, Canadá, Cazaquistão, China, Colômbia, Congo, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Cuba, Dinamarca, Egito, El Salvador, Equador, EUA, Filipinas, Finlândia, França, Geórgia, Guiana, Guiné-Bissau, Haiti, Hungria, Irã, Irlanda, Jordânia, Mali, Malta, Marrocos, México, Moçambique, Myanmar, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Quênia, Reino Unido, Sérvia, Singapura, Sri Lanka, Suíça, Taiwan, e Uruguai, além da Delegação da União Europeia no Brasil.