Nesta terça-feira, 20, a Itaipu Binacional, do lado brasileiro, anunciou que estuda reduzir a tarifa de US$ 20,75 para US$ 12,67 Kw para o ano que vem, o que seria uma decisão temporária até que Brasil e Paraguai fechem um acordo a respeito do Anexo C do Tratado de Itaipu.
Os paraguaios denunciam que a iniciativa pretende repetir o que Bolsonaro teria feito por 8 meses, quando, segundo Assunção, o Brasil pagou menos do que devia ao Paraguai, pela energia excedente que compra do vizinho. Em comunicado à Energia Nuclear e Binacional S.A, antiga Eletrobras e equivalente à Ande no Paraguai, a composição de custos para 2023, com queda de 38,9% em relação ao momento atual.
A nova tarifa para 2023 no Brasil será de 12,67 kW, considerando que a tarifa da usina para o próximo ano ainda não foi homologada. De fato, asseguram os paraguaios, não houve reunião oficial para tratar do assunto e este seria um capítulo que se repete, com a diferença de que a queda é muito maior a favor do Brasil e em detrimento do Paraguai.
Em dezembro de 2021, o Brasil anunciou a aplicação de uma taxa “provisória” a partir de janeiro de 2022, onde caiu de US$ 22,60 para US$ 18,90, valor que o governo Bolsonaro pretendia impor em ambas as margens para este ano, devido à aplicação do Anexo C, que estabelece a redução pela queda do endividamento para a construção da barragem. A negociação da taxa oficial deveria ocorrer antes do início do ano ou, no máximo, no primeiro trimestre. Porém, demorou até agosto e o Paraguai perdeu, já que a posição do governo era de mantê-lo em US$ 22,60, mas acabou sendo reduzido para US$ 20,75 Kw e foi chamado de taxa intermediária.