O Brasil, por meio do Ministério de Minas e Energia, anunciou, nesta segunda-feira, 19, a nova tarifa de Itaipu para o próximo ano. Desde 2009, a tarifa paga pelos consumidores da energia gerada pela binacional era de US$ 22,60/kW. A redução é a segunda no atual Governo, que entregará aos consumidores, uma tarifa de Itaipu 43,94% mais barata em relação a 2019.
No Paraguai, a decisão é vista como uma afronta. Os paraguaios entendem que o Brasil está usurpando dos seus direitos e fazendo valer apenas os seus interesses. A tarifa de Itaipu foi reduzida, pela primeira vez, em 8,2%, após 13 anos de congelamento.
Em 2022, passou para US$ 20,75/kW, o que permitiu a redução da conta de luz dos consumidores da energia gerada pela usina. Agora, segundo o MME, a redução será ainda maior. A tarifa, para o ano de 2023, será 38,9% menor do que em 2022,
O ministério explicou que a nova tarifa reflete a redução do serviço da dívida da usina e do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse). Em 2019, a dívida de Itaipu era de US$ 2,07 bilhões e cairá para US$ 277,3 milhões em 2023.
Desta forma, a tarifa, que, em 2019, era de US$ 22,60/kW, passará para US$ 12,67, o que representa uma redução de mais de R$ 9 bilhões na conta paga pelos consumidores da energia gerada pela usina. No entanto, essa redução não compromete a operação, manutenção e modernização da hidrelétrica e nem os investimentos socioambientais realizados por Itaipu. O atual governo assegura que, em 2023, os investimentos em obras estruturantes e com a preservação do meio ambiente serão da ordem de R$ 415 milhões, trazendo desenvolvimento regional e reforçando a integração entre o Brasil e Paraguai, em obras como a Ponte da Integração, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco.