Na semana passada, o embaixador Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial da investidura presidencial, informou que “será a posse com a presença do maior número de chefes de Estado da história”. Não é bem assim. O exagero já foi externado quando apenas 17 autoridades haviam confirmado presença em Brasília no dia 1º de janeiro.
Chefe de Estado mesmo, apenas o presidente da Alemanha. Os demais serão vice-presidentes e ministros de Relações Exteriores. A expectativa de Lula é que os presidentes dos países do MERCOSUL marquem presença. Luis Lacalle Pou, do Uruguai, não virá.
Igreja assegurou que estarão os Chefes de Estado da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste, Uruguai e Zimbábue. Os próprios diplomatas envolvidos consideram que, de relevante, apenas a Alemanha.
Das chamadas “grandes potências”, nenhum líder virá. Não estarão Joe Biden, dos EUA; Vladimir Putin, da Rússia, e nem Xi Jinping, da China. A Espanha virá com o Rei Felipe VI, mas a esquerda brasileira ignora a monarquia e sua presença não serve sequer para inflar os números.
Mas, esse esvaziamento internacional tem relação com o presidente que está assumindo? Não necessariamente. A data é que é prá lá de esquisita. Para a maioria, estar em Brasília para a posse significaria passar a virada do ano no Brasil ou em um avião, sobre o Oceano Atlântico.