A União Econômica Euroasiática (UEE), integrada por Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia, que firmar um Tratado de Livre Comércio com o MERCOSUL, medida que desagrada completamente os EUA. Além disso, os sul-americanos também querem avançar em direção à Ásia.
Os primeiros contatos entre os dois blocos, foram iniciados à margem da Cúpula do G-20. Com a posse de Lula, no Brasil, países como Argentina e Rússia, acreditam que o diálogo poderá avançar rapidamente. Um Memorando de Entendimento sobre cooperação econômica, deu o ponta pé nas conversações.
Um acordo entre MERCOSUL e UEE, poderia fortalecer a oferta agroalimentar, além da manufatura de alta tecnologia, onde os países dos dois blocos, se complementariam. Moscou anunciou, há alguns meses, que não só os países do MERCOSUL, mas de outras regiões, estariam interessados nesta aproximação.
A UEE tornou-se um grande mercado comum que reúne mais de 200 milhões de pessoas, potenciais compradores de produtos do MERCOSUL. Juntos, os dois blocos respondem por mais de 6,5% do PIB mundial, são economias com alto índice de complementaridade e mercados atrativos para ambas as partes.
Para os EUA, essa aproximação traria problemas de ordem geopolítica. Para a União Europeia, também geraria muitas dores de cabeça. Enquanto Bruxelas se amarra para ratificar o TLF fechado em 2019, o MERCOSUL pode conseguir outros acordos mais interessantes. Vale lembrar que a existência de um Memorando constitui o início de uma relação que permitirá uma melhoria dos termos de troca, uma diversificação de mercados e produtos de exportação e uma área crescente de oportunidades comerciais.