Nesta segunda-feira, 26, o Ministério das Relações Exteriores informou que o Ministério da Economia irá liberar R$ 4,6 bilhões para que o Brasil possa efetuar o pagamento de contribuições a organismos internacionais e bancos de fomento. Praticamente toda a dívida do país com esses organismos será paga.
A ideia é entregar ao futuro governo, uma Política Externa sem passivos, o que permitirá ao Brasil, seguir votando e apresentando nomes para cargos internacionais. Em nota, o Itamaraty reconhece que a decisão fortalece a “posição do país no sistema multilateral e na comunidade internacional”.
Ainda de acordo com o MRE, “o governo brasileiro não poupou esforços para equacionar a irregularidade crônica de pagamentos e a dívida acumulada desde períodos anteriores. O Itamaraty realizou inúmeras gestões a fim de que fossem assegurados os recursos necessários para fazer frente às obrigações vinculantes assumidas pelo Brasil na seara internacional e internalizadas, com aprovação do Congresso Nacional, ao ordenamento jurídico brasileiro”, diz o texto.
A dívida do Brasil com esses organismos ascende, segundo o Gabinete de Transição, a R$ 5 bilhões. Um dos coordenadores do grupo e futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT) criticou a situação e afirmou que não havia espaço no Orçamento de 2023, para a quitação dessa dívida.