A partir de 1º de janeiro, o diplomata Manuel Vicente Vadell Aquino, responderá como Embaixador da Venezuela no Brasil. Em 2015, ele atuou como cônsul-geral do país, em São Paulo. O Brasil deverá enviar, na próxima semana, um diplomata para reabrir a Embaixada em Caracas. Até o final de janeiro, um nome será definido para comandá-la, segundo o futuro ministro Mauro Vieira.
Os dois países romperam relações diplomáticas em 2019. O Brasil tomou a iniciativa de fechar a Embaixada em Caracas e os consulados em Santa Elena de Uairén, Ciudad Guyana e Puerto Ayacucho. À época, o pessoal diplomático venezuelano foi expulso, mas uma ação no STF impediu a concretização da medida.
Em setembro de 2020, o governo brasileiro declarou persona non grata ao então cônsul venezuelano. Consta que ele seria dono de uma empresa de roupas em São Paulo, algo que não é permitido pelas leis brasileiras, para funcionários diplomáticos estrangeiros.
Uma das principais missões de Vadell será recompor as relações bilaterais e obter o apoio do Brasil para o retorno da Venezuela ao MERCOSUL. No dia 24 de janeiro, em cúpula da CELAC, a realizar-se em Buenos Aires, essa decisão poderá ser adotada pelos países fundadores do bloco. O que não está no radar do futuro Embaixador venezuelano, é a quitação de uma dívida de R$ 6 bilhões com o Brasil. Ao que tudo indica, Mauro Vieira também não pensa cobrar a fatura. O que deve ocorrer, por outro lado, é a discussão de novos “empréstimos” do Brasil (BNDES) para o fortalecimento do regime chavista.