Em 2023, um novo velho Brasil

por | dez 29, 2022 | 10h

No dia 1º de janeiro, um novo velho Brasil estreará, sob os auspícios de todos aqueles que trabalharam duro e com afinco, para que o sistema retomasse às rédeas desse gigante rico e miserável. O Brasil que teremos a partir de 2023, não será diferente daquele que tivemos no início dos anos 2000, lamentavelmente.

O Brasil que tivemos nos últimos anos, poderia ter sido muito melhor. Está longe de ter sido ótimo. A estratégia do ainda presidente, Jair Bolsonaro, de manter o clima eleitoral e o enfrentamento, levaram o país a esse estado de coisas que hoje presenciamos.

Eleito em 2018, Bolsonaro perdeu a chance de transformar o país. Priorizou as crises desnecessárias e encheu-se de bajuladores, a maioria deles, fardados. Com a pandemia, poderia ter sido o líder que o país não tem, nem terá, mas preferiu desumanizar o problema que era real.

O presidente, muito mal aconselhado, sabotou a si mesmo, com uma postura errática e uma péssima comunicação. O destino ofereceu ao presidente, a oportunidade de governar uma das maiores e mais ricas nações do planeta e de colocá-la em um lugar de destaque entre as grandes potências.

Ainda assim, o Brasil saiu-se muito melhor que muitos dos seus críticos. O presidente cometeu muitos erros e isso não pode ser ignorado, mas também foi alvo de ataques permanentes que não pouparam nem mesmo uma menina de 11 anos, sua filha, chamada de puta por uma jornalista militante, fato celebrado pela mídia em geral.

O que a elite intelectual faz em conjunto com a mídia tradicional, é vergonhoso. Um vale-tudo para derrubar alguém que deixou o sistema muito irritado. Um ativismo judicial como nunca visto, que tirou da cadeia de narcotraficantes a políticos corruptos, sempre em nome da democracia. Bom, a mídia terá R$ 20 bilhões em publicidade das empresas estatais, já está acertado.

Hoje, vemos a tal “harmonia entre os Poderes” ser arrotada por essa mesma elite, comunista de iPhone, que trabalhou e colocou na presidência da República, um condenado em três instâncias e ficha suja. Como resposta, 900 empregos apenas na transição e um ministério montado no melhor estilo toma-lá-dá-cá da esquerda.

O estelionato eleitoral valeu-se dos amigos dos amigos e da incapacidade de Jair Bolsonaro em perceber que havia ganhado uma eleição e que deveria ter simplesmente governado, em vez de dar ouvido às pseudocelebridades que perderam a teta.

A esquerda voltou ao poder, mas sem a legitimidade propagada. Lula não foi inocentado, mas descondenado. Candidato, ele só compareceu aos eventos “controlados”. O “pai dos pobres” perdeu as ruas do país, falou para as elites e prometeu o que não vai entregar.

O Brasil não está dividido. O eleito teve 60.193.094 milhões de votos, enquanto Bolsonaro conquistou 58.061.090 milhões. Outros 37.504.165 milhões, optaram por se abster ou votar nulo e branco. Portanto, 95.565.255 milhões de brasileiros, não votaram em Lula ou no PT.

Mais uma vez, como bem diz o ilustre e sábio jornalista J.R. Guzzo, “É essa a democracia que o consórcio Lula-STF-Brasil da Senzala acaba de salvar, para entregar o país de novo aos seus sócios-proprietários — com a grande diferença de que agora ninguém vai errar de novo e permitir que aconteça outra vez o que aconteceu de 2013 até agora. Não existe mais, já neste momento, a mais longínqua possibilidade de Lula, seus ministros ou qualquer mandarim da esquerda brasileira serem processados, e muitíssimo menos condenados, por qualquer crime de corrupção, mesmo que provado com vídeo, áudio e confissão do criminoso. A corrupção, para todos os efeitos práticos, está liberada no Brasil de hoje; pode-se roubar sem o menor risco. Ou alguém acha que o STF vai permitir que Lula seja preso outra vez? Operação encerrada. Missão dada, missão cumprida. Perdeu, mané”.

Se ainda houver liberdade, voltamos em 2023!