Brasil participa de operação no Golfo da Guiné sobre segurança do Atlântico

por | fev 9, 2023 | 16h

O Brasil, por meio da Marinha, participa do exercício militar multinacional na costa ocidental africana conhecido como “Obangame Express” cuja etapa marítima, foi finalizada na última quinta-feira, 2. A operação é conduzida pelos EUA, e é realizada anualmente com o objetivo de combater a pirataria, a pesca ilegal e o tráfico de drogas no Golfo da Guiné, região estratégica para o comércio exterior brasileiro.

Por meio do Navio-Patrulha Oceânico Araguari, a Marinha do Brasil participou da edição deste ano, que contou com a atuação de 33 países. Há alguns anos, a questão do Atlântico Sul e sua segurança, integram os principais documentos estratégicos de Defesa, do Brasil.

A Marinha informa, por exemplo, que as relações comerciais entre o Brasil e os países africanos acabam sendo afetadas pela insegurança marítima na região. “O país tem buscado colaborar para o enfrentamento do problema, com o oferecimento de cursos e treinamentos para países africanos em academias militares brasileiras e com a participação da Marinha em exercícios navais com países daquele continente”, informou a Força.

Para a Marinha, a sua participação nesta operação, tem uma grande relevância estratégica para o desenvolvimento das capacidades das Forças Navais no combate aos ilícitos no mar, o que contribui para a estabilidade no Atlântico Sul. “O ambiente onde a operação acontece, tem sido, nos últimos anos, o ‘hot spot’ da pirataria e de outros ilícitos no mar. Essa condição faz com que, sob uma análise tática, a missão seja efetivamente uma grande oportunidade para o aperfeiçoamento de procedimentos, para o intercâmbio de experiências reais e para a identificação das possibilidades de cooperação entre as Marinhas”, ressaltou o Capitão de Fragata Marcio Jorge dos Santos, Comandante do Araguari.

O navio brasileiro partiu rumo à missão no dia 28 de janeiro e realizou diversos exercícios em diferentes níveis de complexidade com as marinhas de Angola, da República do Congo e da República Democrática do Congo. “Dentre as atividades, foram simulados cenários que envolveram tráfico de pessoas, imigração ilegal, tráfico de armas e drogas, pesca ilegal, sequestro, pirataria, poluição ambiental, busca e salvamento”, explicou a Marinha em nota.

“A grande inovação desta edição repousou na busca permanente pela ação simultânea dos três países, com equipes táticas mistas, atuando sob um mesmo objetivo, com divisão de tarefas e em estreita coordenação, comprovando no mar a percepção de que a integração entre as Forças contribui de modo significativo para a estabilidade na região”, explicou Marcio Jorge dos Santos.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: Agência Marinha de Notícias