Em reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível, Alckmin defende mais comércio internacional

por | fev 16, 2023 | 10h

Nesta quarta-feira, 15, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reafirmou que o governo federal pretende ampliar as relações comerciais como forma de aumentar o protagonismo do Brasil na economia mundial.

Segundo ele, a estratégia para atingir esse objetivo terá como foco tanto o comércio regional como os tratados bilaterais. As afirmações foram feitas durante a reunião interministerial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

“Não tenham dúvidas de que o presidente Lula vai reinserir o Brasil no comércio mundial, e isso vai trazer muitas oportunidades. Temos 2% do PIB mundial. Isso significa que 98% do comércio está fora do Brasil”, explicou.

O vice-presidente e ministro, também defendeu a valorização do MERCOSUL, lembrando que, em diversos blocos regionais, a maior parte do comércio é praticada internamente, entre os países associados. Este seria o caso, por exemplo, da União Europeia, onde mais de 70% do comércio é praticada entre os países-membros.

“Se pegar EUA, México e Canadá, mais de 60% do comércio é praticado ali mesmo, mas quando você vem para a América Latina, é menos de 30%. Então a primeira tarefa é fortalecer o comércio regional, porque o mundo, embora seja globalizado, é fortemente intrarregional. Precisamos fortalecer aqui as relações de comércio e aproveitar todas as oportunidades na nossa própria região”, assinalou.

Na sua avaliação, a “outra tarefa” é a de avançar com os tratados bilaterais. “O que está mais adiantado é o MERCOSUL – União Europeia, mas não há dúvida de que há muitas oportunidades de termos entendimentos entre MERCOSUL e EUA ou China”, defendeu.

Alckmin também celebrou a decisão dos EUA de retirarem o Brasil da “lista antidumping” para placas de aço carbono, uma liga metálica bastante usada na indústria automobilística; de eletrodomésticos; e pela construção civil.

Cosban

A Cosban foi criada em 2004 e tem por objetivo, aprofundar e fortalecer as relações entre o Brasil e a China em todas as áreas. A China é, há muitos anos, o principal parceiro comercial do Brasil. Hoje, esse comércio é de US$ 150 bilhões, com um superavit, para o lado brasileiro, de US$ 28 bilhões. Além disso, a China tem cerca de US$ 70 bilhões em investimentos no Brasil.

Segundo Alckmin, “há muitas possibilidades em energias renováveis, hidrogênio verde, infraestrutura; no complexo da saúde; nas áreas aeroespacial; de educação, ciência e tecnologia; agricultura; indústria e turismo. Não tem uma área onde não pode ser implementado um aumento e a diversificação do comércio bilateral”, acrescentou.

Por Marcelo Rech

InfoRel

Imagem: CNN