A Embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, afirmou que a Casa Branca reconhece o presidente brasileiro como um importante líder regional e global e que as reuniões mantidas em Washington irão elevar o nível das relações bilaterais.
Ela disse nesta quarta-feira, 15, que nos próximos dois meses, os dois países darão início as visitas de altos funcionários governamentais, com o objetivo de detalhar a agenda que será adotada com base nas conversas entre Lula e Biden.
Bagley informou, ainda, que o valor da doação norte-americana ao Fundo Amazônia, ainda não está fechado e será reavaliado tanto pelo governo como pelo Congresso dos EUA. Inicialmente, essa doação seria de US$ 50 milhões, valor que decepcionou e muito, o governo brasileiro.
No entanto, ela assegurou que a Casa Branca irá mobilizar outros países e entidades para que repassem recursos para o fundo. A expectativa dos EUA é que o Brasil discuta com esses parceiros, as estratégias e políticas que serão implementadas na Amazônia.
Uma das exigências dos EUA é que o governo expulse todos os garimpeiros ilegais que atuam na região amazônica. O problema é que há um grande contingente de garimpeiros que são índios e que formaram associações com o objetivo de explorar minérios nas terras indígenas.
Comando Sul
Antes de retornar ao Brasil, Elizabeth Bagley, manteve reunião com a chefe do Comando Sul do Exército dos EUA, general Laura Richardson. As duas conversaram sobre as ameaças ao hemisfério representadas pelas presenças, inclusive militar, da China, da Rússia e do Irã.
A Embaixadora Bagley afirmou, também, que trabalha junto ao governo brasileiro para que o país não permita a atracação de dois navios iranianos, que devem chegar ao Rio de Janeiro, entre 23 de fevereiro e 3 de março. Para ela, “esses navios não deveriam atracar em lugar nenhum do mundo”.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Agência Brasil – EBC