O Brasil pagará muito caro por permitir que dois navios de guerra do Irã atracassem no Rio de Janeiro. Os EUA e a Europa, já discutem medidas a serem implementadas contra o país. Em Washington, Joe Biden é pressionado para que adote sanções contra o Brasil.
Pelo andar da carruagem, a lua-de-mel da comunidade internacional com o Brasil já acabou. A cereja do bolo foi a presença de diversas autoridades civis e militares, a bordo do Iris Dena, um navio que os EUA juram, transportam armas para seus inimigos.
O gesto, que poderia marcar uma posição de independência do Brasil em relação aos EUA, por exemplo, está marcado por uma sucessão de desencontros. Militares e diplomatas brasileiros subiram tranquilamente a bordo da embarcação, mesmo sabendo da repercussão.
Para quem, como Lula, pretende ser reconhecido como um líder político global, tal gesto resulta em um belo tiro no pé. O Iris Dena é, junto com o Iris Makran, os dois principais navios de guerra do Irã, país que é considerado terrorista por Washington, Tel Aviv e boa parte da Europa.
Os dois navios seguirão, no sábado, para o Panamá, mas o estrago já está feito. Enquanto o Itamaraty, que pediu à Marinha, a autorização para os navios atracarem, silencia, no Congresso dos EUA, acumulam-se os pedidos de represálias contra o Brasil.
A situação não será muito diferente no Congresso brasileiro. Vários deputados e senadores pretendem cobrar respostas a respeito. Na semana passada, na instalação do Grupo Parlamentar Brasil – Israel, o assunto foi abordado nos corredores. A Embaixada israelense também não esconde o desconforto.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Revista Oeste