Na terça-feira, 7, o governo brasileiro anunciou que poderá receber refugiados nicaraguenses, pessoas que fogem da ditadura de esquerda liderada por Daniel Ortega, ícone do Foro de São Paulo e amigo do PT e de Lula. A decisão, no entanto, é capenga pacas.
Trata-se de um paliativo para aliviar as críticas por não condenar as violações cometidas pelo companheiro da Frente Sandinista. Até o momento, nenhuma autoridade brasileira condenou o regime que prende, tortura, assassina e controla com mão de ferro o país centro-americano.
No Itamaraty, nada. Nem uma notinha sobre o que se passa na Nicarágua. Essa é a Política Exterior que veio recolocar o país na mesa das grandes decisões mundiais. A Política Exterior que, segundo seus porta-vozes, fará o país ser respeitado novamente.
Curioso perceber que países também do eixo bolivariano, como Argentina, Chile e Colômbia, tiveram muito mais coragem ao condenar o regime de Ortega e de oferecer suas respectivas nacionalidades para aqueles que estão sendo expulsos do país.
Mas, espantam-se aqueles que estão em outro planeta. Lula é, juntamente com Fidel Castro, fundador do Foro de São Paulo. Jamais irá colocar-se contra suas convicções comunistas. Para ele e os “grandes intelectuais” brasileiros, espalhados pelas redações, sindicatos, partidos e universidades, a ditadura de esquerda é diferente da ditadura de direita.
Outro dia, um desses expoentes disse que a ditadura de esquerda é mais humana. Essa elite intelectual de esquerda, que passa o dia bebericando bons vinhos e tragando um bom cohiba cubano, vendo o mundo pelos seus smartphones, é a mesma que bate palmas para um ex-presidiário corrupto.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters