O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se nesta quinta-feira, 23, com o Ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, e anunciou que o governo chinês decidiu que vai levantar o embargo à carne bovina brasileira.
As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”), identificado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).
De acordo com o ministério, desde a descoberta do caso, o Brasil vem trabalhando com transparência e tomando todas as providências necessárias conforme protocolo de importação internacional.
“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, afirmou Fávaro.
Também nesta quinta, Carlos Fávaro, participou da abertura da Cotton Industry Development Conference 2023 em Pequim, evento é promovido pela China National Cotton Exchange e que tem parceria da Cotton Brazil.
Ao mercado chinês, o ministro destacou a excelência do algodão brasileiro, livre de contaminação, pois sua colheita é 100% mecanizada, e cada fardo é testado em 11 laboratórios, garantindo características capazes de atender aos diversos segmentos dos mercados mais exigentes.
A participação do algodão brasileiro no mercado chinês saltou de 5% em 2017 para os atuais 30%, segundo dados do governo federal. Entre agosto de 2022 e a fevereiro deste ano, a marca já é de 35%. Números que podem crescer ainda mais, segundo destacou Fávaro, lembrando que a produção de algodão brasileiro está pronta para atender à expansão da indústria têxtil da China.
“A China tem o maior mercado mundial de confecção também é o maior produtor de algodão e é um grande importador de algodão. Hoje vendemos praticamente 30% para o mercado chinês e vamos ampliar ainda mais com tratados de simplificação e certificados de qualidade pelo Ministério da Agricultura”, destacou.
Cooperação técnica
Antes da abertura da conferência, o ministro se reuniu com o vice-presidente da All China Federation of Supply and Marketing Cooperatives, Hou Shunli.
Além da parceria comercial e técnica em torno da cadeia do algodão, eles conversaram sobre as possibilidades de ampliação das relações entre os dois países, não apenas no que diz respeito às exportações brasileiras, mas também na compra de produtos chineses para fabricação de insumos que permitam aumentar a produção de forma sustentável.
Por Marcelo Rech
InfoRel
Imagem: Diário de Cuiabá