Nesta terça-feira, 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da inauguração da linha de produção do caça Gripen, na fábrica da Embraer na cidade de Gavião Peixoto (SP). Acompanharão o presidente o ministro da Defesa, José Múcio, e o Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
De acordo com o Planalto, na fábrica da Embraer, 15 das 36 unidades do caça serão produzidas por engenheiros e técnicos brasileiros que passaram por treinamentos teóricos e práticos na sede da empresa sueca Saab, em Linköping.
O governo informou, ainda, que a entrega do último caça será em 2027. Atualmente, quatro dos aviões estão operacionais na Base Aérea de Anápolis (GO) e outros dois chegaram ao país na sexta-feira da semana passada.
Com a parceria, a fábrica da Embraer passa a contar com o ecossistema completo para os caças nas fases de desenvolvimento, testes e, agora, produção. Na unidade estão em funcionamento também o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen e o Centro de Ensaios em Voo.
Vale recordar que o caça F-39 Gripen foi escolhido pelo programa FX-2, numa concorrência concluída na gestão da presidente Dilma Rousseff, em 2013. Antes de concluir o seu segundo mandato, Lula havia anunciado que o Rafale, francês, havia sido o eleito. A declaração trouxe uma série de dores de cabeça para o governo e o processo foi paralisado, retomado apenas em 2013.
O contrato para o desenvolvimento e a produção de 36 aeronaves Gripen trouxe vários benefícios de longo prazo para o país e a inauguração da linha de produção é um importante marco. A Força Aérea Brasileira (FAB), por exemplo, está muito satisfeita com a transferência de tecnologia.
A indústria de Defesa também não tem do que reclamar, segundo o governo. Isso porque o contrato com os suecos beneficia toda a Base Industrial de Defesa (BID) e proporciona a renovação dos caças responsáveis por manter a soberania e segurança dos céus do país pelas próximas décadas, ao mesmo tempo em que permite que a Aeronáutica tenha plenas condições operacionais para desempenhar seu papel.
Gripen
O Programa Gripen Brasileiro teve início em 2013, quando a Saab venceu a concorrência do Programa F-X2, destinada à substituição da frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). O contrato para o desenvolvimento e a produção de 36 aeronaves foi firmado em outubro de 2014. A produção do Gripen também impacta a indústria de defesa nacional, envolvida no processo de desenvolvimento de estruturas, sistemas, aviônicos, produção, ensaios em voo e capacitação para apoiar, manter e modernizar essa frota pelas próximas décadas.