O Brasil e os EUA decidiram focar as relações bilaterais no comércio e nos investimentos. Neste sentido, na última quinta-feira, 11, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Marcio Elias Rosa, reuniu-se com representantes da Câmara Empresarial Brasil-EUA para discutir uma agenda comum que alavanque os negócios entre os dois países.
De acordo com o MDIC, cerca de 3,5 mil produtos originários de países em desenvolvimento podem se beneficiar do Sistema Geral de Preferências norte-americano. Em 2021, os EUA importaram US$ 31,7 bilhões do Brasil, sendo que 8% dessas importações (US$ 2,5 bilhões) foram beneficiadas com tratamento duty-free via SGP.
Na oportunidade, os dois países discutiram, ainda, a retomada do Diálogo Comercial Brasil – EUA (MDIC-DOC), que ocorre entre autoridades governamentais dos dois países, e também do Fórum de CEOs que reúne empresas brasileiras e norte-americanas. Para ambos, a renovação do SGP é prioritária.
Marcio Elias Rosa reafirmou o compromisso do atual governo com ampliação e a inserção de empresas brasileiras no comércio bilateral com os EUA e com o mundo. Segundo ele, o governo brasileiro quer conciliar crescimento econômico com inclusão social e sustentabilidade. Segundo ele, “estamos redesenhando a política industrial brasileira, buscando uma neoindustrialização baseada na digitalização e na sustentabilidade ambiental que seja capaz de gerar desenvolvimento tecnológico e inovação”, afirmou.
Rosa assinalou, ainda, que o país busca fortalecer a previsibilidade e a transparência, reduzir barreiras, simplificar procedimentos e atrair novos investimentos. “O Brasil deve ser o grande protagonista desse momento de combate às mudanças climáticas e de avanço das energias renováveis”, destacou.
Comércio
Em 2022, as exportações brasileiras para os EUA cresceram 20% em relação a 2021, passando de US$ 31 bilhões para US$ 37,4 bilhões. Desta forma, a participação dos EUA nas exportações brasileiras subiu para 11,2%, posicionando-se como o 2º destino das nossas vendas externas, no período.
Já as importações brasileiras dos EUA cresceram 30,3%, em 2022, passando de US$ 39,38 bilhões para US$ 51,30 bilhões. No ano passado, os EUA se mantiveram como o 2º maior fornecedor estrangeiro de mercadorias ao Brasil. Com esses resultados, a balança comercial com os EUA resultou em déficit de US$ 13,87 bilhões em 2022. Em 2021, houve déficit de US$ 8,24 bilhões.