Lula vai ao G7 temeroso pela hostilidade com a Rússia

por | maio 16, 2023 | 14h

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viajará nesta quarta-feira, 17, para Hiroshima, no Japão, para participar da 49ª Cúpula do G7, grupo dos países mais ricos do mundo: Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, e Reino Unido. Nos dias 20 e 21, ele participará de três sessões de trabalho. Apesar da prioridade conferida à segurança alimentar, o clima será de hostilidade com a Rússia.

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Mauricio Lyrio, o presidente brasileiro tratará de dois temas, prioritários: o desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento e a paz mundial – tema que o presidente tem defendido amplamente em reuniões que tem participado no exterior.

Ao final do encontro, duas declarações serão emitidas. Uma do G7 mais os países e organismos convidados, e outra propriamente dos líderes do grupo. Nas duas, haverá referência à guerra na Europa. No caso da primeira, a guerra será mencionada por conta do seu impacto na segurança alimentar mundial. Na segunda, o teor deve ser mais duro, de isolamento da Rússia.

À margem da cúpula, o presidente brasileiro terá vários encontros bilaterais. Já estão confirmados encontros com os primeiros-ministros do Japão e da Índia, e o presidente da Indonésia. Lula deverá conversar, ainda, com o premier do Canadá, Justin Trudeau. Outros pedidos de encontro seguem em análise por parte do Planalto.

Lyrio explicou que “a retomada da participação do Brasil em reuniões do G7 sinaliza o engajamento do país com o grupo e marca o equilíbrio no posicionamento brasileiro em temas sensíveis do cenário internacional”. No entanto, a posição de Lula acerca da guerra na Europa, tem desagradado todos os países do G7, que condenam de forma unânime a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Agenda

a agressão da Rússia contra a Ucrânia; o desarmamento nuclear e a não proliferação de armas nucleares; resiliência e segurança econômica; mudanças climáticas e transição energética; segurança alimentar; saúde; além dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Também serão discutidas áreas como gênero, direitos humanos, digitalização e ciência e tecnologia.

De acordo com o Itamaraty, além do Brasil, foram convidados Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã, e representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial de Saúde, da Organização Mundial do Comércio e da União Europeia.